sábado, 21 de agosto de 2010

Estágio Novo

Semana passada me ocorreu uma oportunidade nova, de fazer um estágio em um hospital não essenciamente psiquiátrico, porém um hospital de resguarda, mais para pacientes que não tem família, ou que ficam lá por estarem em estágios avançados. Com uma certa empolgação eu aceitei e fui fazer o estágio lá que consistia em um plantão de 24 horas, porém acabei fazendo na escala um plantão de 48 horas.
O hospital se localiza em uma área isolada, em meio a um matagal, área não povoada, parecido aos hospitais psiquiátricos antigos. O caminho me fazia pensar que estava indo para "a casa da colina" (filme em que pessoas passam a noite em um hospital psiquiatrico antigo que ficava no meio do nada...). Confesso que senti um pouco de medo, do que poderia encontrar, de como seria, e se precisasse de alguma coisa naquele meio de nada?
Quando cheguei me deparei com um hospital com suas características bem antigas, bem arrumado, porém com aqueles pisos antigos, pinturas típicas de antigamente. O que me chamou a atenção primeiramente foi o primeiro andar, andar em que eu plantonista ficaria, sem uma iluminação....aquilo me gelou, uma impressão de filme mesmo.

Em seguida subi no segundo andar para buscar as prescrições com as enfermeiras e dar uma olhada para ver como eram os pacientes que estaria cuidado. Já eram por volta das 8 da noite e a maioria já estava deitada em seus leitos. O ambiente neste andar era mais amigável, mais iluminado e movimentado. Preferia dormir ali do que sozinha só eu e minha colega em um quarto em um corredor escuro e sem uma alma viva, somente nós duas.
Foi quando fui recepcionada por J. um paciente que estava no corredor, e se apresentou querendo saber se eu era a estagiária de plantão da noite. Troquei meias palavras e acabei descendo para o quarto terminar as tarefas da noite.
Uma tortura descer as escadas e passar naquele corredor...mas logo entrei no quarto, e eu e minha colega fizemos as tarefas da noite para levar de volta para a enfermagem de plantão. Se estivesse sozinha, certamente custaria em subir dinovo.
Mais uma tortura em descer por aquele corredor, mas dessa vez não haveria mais necessidade de sair do meu quarto naquela noite, e para desestressar ficamos eu e minha colega conversando e vendo filmes, até que o sono chegou e cochilei.

Nenhum comentário:

Postar um comentário